1.10.09

Glory Box

A vontade que ela tinha no banheiro limpo do hotel, trancados, ou na cama do apartamento de temporada, ou na mesa do bar, ou naquele outro dia em que ele a acordara, era enfiar a mão nele, quebrá-lo todo. E ela disse isso a ele, e ele disse para que ela fizesse isso de uma vez. Mas ela não fez. Ela se vestiu e disse que ía embora, mas ele não deixou, ele só a abraçou, ela queria gritar, ela queria chorar, ela queria fugir, mas ele a abraçou, ele não deixou. Ela então abriu suas pernas. Mais uma vez, pela milésima vez. E ela gostava e odiava. A claridade já estava lá fora e formava um contra luz quando eles desistiram de lutar e seus braços, pernas, costas e cabeças se abraçaram e se encaixaram. Dormiram. Às vezes ela sentia o suor do seu rosto no dela. Às vezes ele a cobria cada vez mais com o edredon até sufocar.


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