Nesses dias de calor, não tenho vontade de nada.
É tanto calor e tanta confusão que quanto menos me mexer, quanto menos gente encontrar é melhor.
Por isso fico em casa. Por isso não saio para nada, só para ensaiar ou fazer peça, praticar yoga, dar uma caminhada, mesmo na chuva, dar um mergulho, na praia ou na piscina, ou assistir uma peça, abro exceções aos grande amigos. Nessa semana estive com dois que vieram de São Paulo, foi rápido, mas inesquecível. Júlio e Lúcia, os quero para sempre, mais um presente do amado Samuka que me trouxe muita coisa boa esse ano.
Mas fico em casa trabalhando para um ano melhor, para um ano adulta, para um ano de resgates, um ano de crescimento, um ano de paz, assim espero.
Engraçado e desgraçado que quanto mais quente, mais as pessoas saem as ruas e tudo se torna mais confuso, parece que são as moléculas vibrando no calor.
Não suporto, corro para casa.
Daria tudo por um ar condicionado!
Mas acabo nua com um ventilador velho mesmo que com mal contato.
É a época das vacas magras, mas com isso já estou resolvida, não sofro mais, apenas atraso as contas.
Ano que vem tudo vai mudar. E esse ano que não acaba!! Vixe...
Mas não tenho pressa. Vou caminhando. Leio o Caio e me 'enclausulo'.
Não quero festas. Quero um maremoto.
Não quero sexo, quero o grande amor.
Não quero qualquer trabalho, quero a paixão da minha vida.
Se aquele anjo falasse comigo, acho que viria como estou mudada, como eu acho que mudou também, apesar da rabujice...
Ainda quero me mudar um dia, mas crio raízes aqui, cada vez mais profundas.
E são elas que vão me fazer forte para eu percorrer o mundo como uma montanha.
p.s.: Hoje meu pequeno Borges foi embora, Ramon o levou, aquela patinha não vai me acordar mais pela manhã. Tenho saudades do meu nego que não volta, tá amarrado e bem amarrado no Zé Celso e seu Banquete, às vezes penso nele, mas depois desisto, desisto, deixo o tempo passar.
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