21.2.10

Diaba pós carnaval

Quando entrei na emergência do hospital não imaginava ter que ir tão cedo, depois de passar por péssimos momentos com a minha avó em fase terminal com cancêr no pulmão. E lá estava eu, agora era a minha vez, com dores na cabeça, no corpo, até para urinar agora me doía. Tinha medo que fosse necessário enfiar um cano na minha uretra, como fizeram com a minha avó, e logo a imagem da sua dor vinha a minha mente.
Nesses momentos que beiram a morte é que notamos quão frágil somos, e quão solitários também. Me taquei no táxi, fiz minhas próprias compras tentando ser discreta, corri para casa com dores, dormi suando e com dificuldades para respirar, sem me alimentar por muitas horas.
Por mais que existam milhares de pessoas no mundo, as suas dores e seus prazeres são apenas seus e estão aí porque você caminhou para isto, você compra e paga por tudo que lhe serve. Eu sei porque isso tudo, eu sei porque queimo em febre, eu sei o que tenho que fazer para não sentir mais essas dores, mas eu compro e pago por isso, como todas as outras coisas que carrego comigo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Seguidores

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Aquela que pode excluir esse blog a qualquer momento.