26.4.10

amor ao mar

Enquanto eu tava no mar, nesse final de tarde ensolarado em Copacabana, sua espuma batia nas minhas pernas. Lembrei de alguém que ficava no quiosque me olhando, alguém que me observava de longe, bebendo a sua cerveja, mesmo com ciúmes da minha bunda que podia ser vista por todos, mesmo com nojo do mar.

Não consegui entrar muito porque o mar estava bravo, mas fiquei durante muitos minutos só na espuma mesmo, passando a mão na água transparente, conversando com o mar, com Iemanjá. Como tava tudo bonito, como o céu tava bonito, como a minha pela tava bonita, como o mar e suas rebeldes espumas estavam bonitas. Como aquilo me dá paz.
Como eu amo o mar, meu deus, mesmo sujo, mesmo numa cidade, mesmo bravo.
Como eu amo o mar.


Nunca daria certo amar alguém que tem nojo dele.



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