23.1.11

primeira vez na praia de nudismo ou seria erótico se não fosse trágico.

No dia em que me chamaram achei interessante.
A princípio seria apenas eu mais 3 amigas. Mas no meio do caminho, encontramos um outro colega que acabou indo também. 
Foi pego desprevenido.


Na hora em que chegamos lá, acabamos indo só eu e ele. 
As meninas não se sentiram confortáveis e ficaram na praia ao lado, com seus biquínis.


Atravessamos as pedras e lá estavam dois caras que davam as regras e pediam por favor para que tirássemos a roupa antes de entrar. L que estava comigo logo de cara tirou a sua sunga. Eu poderia tirar meu biquíni atrás de uma pedra grande. Assim que tirei, L sem cerimônia alguma, olhou bem para mim, reclamei na hora pela falta de delicadeza, ele respondeu: "tenho que aproveitar, afinal nunca vi e não sei se verei você assim novamente." Ri e mantive a calma. Com todos os objetos e roupas dentro da minha sacola de plástico transparente que cobria um pouco o meu corpo, caminhei pela praia procurando um lugar onde pudesse estender a canga azul de bolinhas brancas. 
Enquanto caminhava, percebia o clima em volta, a princípio parecia uma sauna gay. Muitos homens, em pequenos grupos, a maioria depilados, alguns casais. Acho que devia ter 70 homens e 5 mulheres contando comigo naquela pequena extensão de areia.


Achei um lugar no meio da praia, abri a canga como se fosse a coisa mais normal do mundo, coloquei meus óculos na bolsa e fui em direção ao mar.
A sensação de se estar nú no mar ou na piscina ou em uma lagoa é indescritível, só quem já sentiu sabe. 


Sensação total de liberdade.


Como adoro boiar, não me contive e boiei. Fechei os olhos, relaxei.
Depois chegou L perguntando se eu estava com vergonha de sair do mar. Respondi que não apenas, mas como vergonha? Eu estava lá toda aberta, braços, pernas, de olhos fechados deixando o mar me levar, não estava com vergonha, estava relaxada, estava (ou tentando estar) total em contato comigo mesma.
L perguntou se eu não queria ir na areia dançar balé nu com ele, respondi que não, voltei a boiar próxima a um casal.


Depois de um tempo percebi que L ensaiava alguns passos de balé. Então saí. É estranho e encantador estar despido na frente de um monte de gente que está na mesma situação. Eu tinha uma visão romântica de uma praia de nudismo, paradisíaca, em que crianças, adultos e idosos vivessem em total harmonia, sem marcas de roupas na pele, um povo mais avançado... mas o clima era pesado. As pessoas se olhavam sim, os homens se mostravam.
Uma hora olhei para um cara e na hora ele pegou nas suas bolas e balançou. (Oi? )


Deitei de barriga para cima para pegar um "sol na perereca", mas a mala do L resolveu querer me fazer "carinho". Eu querendo ali relaxar, me sentir tranquila e um mala querendo se aproveitar da situação. Eu disse que não mas L insistiu. Para mudar o foco propus que tirássemos uma foto. As duas fotos que tirei ficaram com um clima super estranho, super carregado, super sexual, por mais que eu sinceramente não tivesse fazendo fantasias na minha cabeça, eu apenas estava tentando sentir o clima do local e perceber como é participar daquele evento, minha cara na foto parecia estar extremamente excitada.


Mas como L não parava de tentar a cada minuto alguma coisa diferente, como me abraçar,falando sem parar " e se eu ficar de pau duro?" "e se todos ficarem de pau duro?" "você tá olhando o pau dos caras?" "percebi que não sou apenas eu que tenho pau no mundo, é estranho..", ainda percebi que vários homens estavam agora bem mais próximos da minha canga e falavam muito alto, me estressei e resolvi me juntar novamente as minhas amigas de biquini do outro lado das pedras.


Então peguei a minha sacola novamente e fui até a pedra, vi um casal em que a mulher caminhava nua mas com uma canga na frente..ah! assim não vale, pensei. Quando coloquei o biquíni, L falou "mas eu nem dei um beijo no seu peitinho". Sem crer naquilo respondi imediatamente "ah! e eu que nem chupei o seu pau?". 
Logo após abri um sorriso e disse "é brincadeira ok"?


Quando saímos, atravessamos as pedras e voltamos a praia das pessoas com trajes de banho, pudemos perceber os olhares que nos reprovavam em direção a gente.








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