12.10.08

é...

é pai...
não é mole não.
o pessoal prefere ficar em casa e ver a "telinha". é isso que eles querem.
o democráticos tava cheio ontem, todos bêbados dançando alucinados. nem se importam com o valor do ingresso, nem com o gasto da bebida. todos entorpecidos, todos envenenados.
quando voltei hoje carregando o cenário e os banners, com a cara suja de maquiagem borrada, o cara me perguntou se eu tava fazendo campanha. disse a ele que era atriz, voltava da minha peça lá na puta que pariu. ele disse que assim eu chegava lá, na "telinha"
"telinha" de cú é rola. quero fazer meu teatrinho sem precisar estar na "telinha", falei.
mas pelo jeito vou ter que me entregar ao cubículo.
e é isso que o povo gosta.

mas pai, mesmo com tela, sem tela, na merda ou na puta que pariu, nada vai me fazer esquecer as lágrimas daquela velha senhora, nem o abraço forte que recebi da senhorinha de cabelos brancos nem do olhar atento e carinhoso do senhor alto e elegante.
nada.
e é isso que vale.

4 comentários:

  1. vou te mandar um texto do eduardo galeano obre a arte, é muito parecido.

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  2. Este comentário foi removido por um administrador do blog.

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  3. digo:

    meu pai: mandei fazer direito, engenharia. mas você quis fazer teatro...

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  4. Débora, espero o texto querida, além do livro prometido de aniversário.
    É Ramones .......... é ........
    Queria deixar claro que o comentário excluído foi pedido pelo próprio autor do mesmo.
    Blogs travados, são de pessoas interrompidas.

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