naquele pequeno caminho, através do vidros do táxi que passavam pelas cores do céu foram como takes diferentes depois do túnel, antes aquele azul celeste, marinho, anil, clareando através das janelas, depois do túnel o céu agora em película, Janis canta, acordando minha vida, percebia aquelas cores,estavam mais fortes, era possível ver o que ainda não tinha reparado, agora estavam fortes e aquilo era a força, aquilo delimitava os espaços e assim as sensações.
As cores do mercado que se abriam naquela hora, estavam mais amarelas, os bebuns ainda na esquina ou dentro do bares, sentados em banquinhos altos, gente a caminho do trabalho. O porteiro deu bom dia, sujo de pão francês, seu cabelo era mais preto que nunca. Janis de novo dentro de casa, quase fogo na panela,quase queimadura na mão, as cores invandem, tremo, vontade de vomitar tudo isso que comi e o que ainda estava guardado. A ligação foi feita na melhor hora para se cometer um suicídio, segundo Sarah Kane.
Mas não quero me matar, prefiro dormir, mesmo com as cobras e as bizarrices que agoram passam por aqui.
, as cores incomodam e agitam ....
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